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Cultura, Internacional

Cultura, gastronomia e política: Brasil e Japão celebram 130 anos de amizade

  • Nathália Guimarães
  • 06/10/2025
  • 18:00

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Foto: Divulgação/Embaixada do Japão

Nathália Guimarães

Em 2025, Brasil e Japão celebram 130 anos de relações diplomáticas, marcados por cooperação, intercâmbio cultural e amizade. A Embaixada do Japão estima que existam mais de 2,7 milhões de migrantes e descendentes vivendo em terras tupiniquins, o que representa a maior comunidade nikkei fora do país asiático e mantém viva a herança cultural milenar.

Em entrevista exclusiva ao Brasília Capital, o embaixador do Japão no Brasil, Hayashi Teiji, afirma que desde a assinatura do Tratado de Amizade, Comércio e Navegação, em 1895, os dois países são parceiros estratégicos que compartilham os valores fundamentais da liberdade, da democracia, do respeito aos direitos humanos e do Estado de Direito. “A imigração é um dos pilares dessa relação, contribuindo significativamente para a amizade entre nossos países. Mas também cultivamos um bem-sucedido histórico de cooperação em áreas como cultura, economia, tecnologia e esportes, colaborando, ainda, em iniciativas para superar os desafios globais”, ressalta.

Uma das áreas beneficiadas é a agricultura, que, segundo Teiji, “se desenvolveu de forma extraordinária graças à colaboração japonesa”. O embaixador japonês cita como exemplo o PROCEDER (Programa de Cooperação Nipo-Brasileiro para o Desenvolvimento Agrícola dos Cerrados), iniciado no final dos anos 1970 e que transformou o bioma em uma área altamente produtiva.

“Além disso, é evidente que o investimento contínuo das empresas japonesas contribuiu para a promoção industrial e a criação de empregos no Brasil. O governo japonês lançou a Iniciativa de Parceria Brasil-Japão sobre Meio Ambiente, Clima, Desenvolvimento Sustentável e Economias Resilientes. Podemos citar, por exemplo, projetos direcionados à recuperação de pastagens degradadas, à prevenção contra desastres naturais, ao monitoramento de desmatamento ilegal na Amazônia e ao desenvolvimento da indústria florestal sustentável”, elenca o embaixador.

Hayashi Teiji cita ainda a visita da Princesa Kako ao Brasil e a ida do presidente Lula ao Japão como momentos históricos. “Esperamos que a amizade entre nossos países continue a crescer nos próximos anos, e que tenhamos muitos outros motivos para comemorar na década que se inicia”.

Comida típica e festivais

Bastante apreciada pelos brasileiros, a culinária japonesa é outro ponto da parceria centenária. Sobre o assunto, o embaixador Hayashi Teiji diz que gostaria que mais pessoas conhecessem o washoku, a gastronomia tradicional do Japão. “Há muitas opções de pratos como tempurá, lámen, doces tradicionais e muitas outras comidas saborosas que certamente agradariam o paladar brasileiro”.

Por isso, a Embaixada do Japão promove em Brasília o “Japão Gastronômico”, evento realizado em parceria com restaurantes típicos, com preços especiais. “Esperamos que os brasilienses vejam em eventos como este uma oportunidade de explorar a nossa gastronomia”, complementa.

Outra oportunidade é o festival “Taste of Japan”, que acontece até 12 de outubro em três restaurantes de Brasília: Samurai Sushi (CLSW 300 B – Bloco I – Loja 22 – Sudoeste), New Koto (212 Sul – Bloco C – loja 20 – Asa Sul) e Noru Sushi (CLNW 10/11 BL B Lojas 2 e 3 – Noroeste). Os menus especiais são elaborados exclusivamente com ingredientes importados do país asiático, como vieiras, hamachi, shoyu e nori. O Brasília Capital foi conferir de perto e traz todos os detalhes.

Mas se engana quem acha que apenas o Brasil realiza festivais dedicados à cultura japonesa, como o Festival do Japão e o Anime Friends. “Podemos mencionar, por exemplo, o Brazilian Day de Aichi, que atrai um grande público com culinária, dança, música e apresentações de artistas brasileiros. Em Asakusa, em Tóquio, também é realizado um carnaval no final de agosto, com desfiles de escolas de samba que atraem milhares de visitantes. Recentemente, conheci o pavilhão brasileiro da Expo 2025 Osaka, Kansai. É um dos espaços mais disputados da feira universal e promove a cultura brasileira de forma muito original”, garante.

Cultura pop

Em tempos de redes sociais, a cultura pop japonesa ocupa um papel de protagonismo nesta mistura do Brasil com o Japão. “Os animes e mangás, assim como a música, a moda e outros aspectos da cultura pop do Japão, têm conquistado cada vez mais o público brasileiro”, observa Teiji.

A paixão é tamanha que ele relembra a própria participação no Anime Summit, em Brasília, em que usou cosplay de ‘Demon Slayer’, ‘One Piece’ e ‘Dragon Ball’. “Senti o carinho especial que os brasileiros compartilham com essas séries do Japão. Acredito que exista uma afinidade natural do Brasil com esses heróis que lutam pelo que é certo, que superam desafios e que defendem a amizade, valores comuns principalmente nas séries voltadas para jovens.”

MERCADO AQUECIDO — O interesse por produções japonesas entre os brasileiros não para de crescer. A consultoria Parrot Analytics revelou que, de 2020 a 2021, a demanda por animes aumentou 118% no país, tornando o Brasil o terceiro maior mercado do gênero fora do Japão.

Segundo dados do Google Trends, “Naruto”, criado por Masashi Kishimoto, é o anime mais pesquisado por usuários brasileiros nas últimas duas décadas. O ninja, jhinjuriki da raposa de nove caudas, também foi a série animada japonesa mais vista na Netflix no primeiro semestre de 2025, com 45 milhões de horas assistidas.

Luana Lima: “Fazer cosplay é uma forma de se expressar e de se conectar com quem gosta das mesmas coisas” – Foto: Arquivo Pessoal

A história atravessa gerações, como é o caso da estudante de Publicidade e Propaganda Luana Lima Sousa, 20 anos, que assistiu pela primeira vez a um episódio de “Naruto” com o tio, ainda criança. Ela relata que não imaginava que aquele momento definiria o interesse por animes.

“Minha mãe me levava bastante no cinema e me incentivava a ler livros, assistir filmes e séries. Quando eu comecei a assistir os animes, foi paixão à primeira vista. Eu sempre gostei que boa parte das histórias têm lendas japonesas. A parte estética e cultural também são muito legais”.

Desde os 12, ela frequenta eventos de cultura japonesa na capital federal. Além de se divertir como fã, Luana se tornou cosplayer (alguém que se veste como personagens de obras de ficção).

“O primeiro cosplay que fiz foi da Anya, de “Spy Family”, e foi uma experiência incrível. As pessoas reconhecem o personagem, vêm conversar e você acaba fazendo novas amizades. É uma forma de se expressar e de se conectar com quem gosta das mesmas coisas”, acredita.

Mas ser cosplayer também tem seus desafios. “Hoje, a parte mais difícil é comprar roupas e acessórios. Com as taxas altas em sites como Shopee e AliExpress, fica mais caro. Mesmo assim, a gente dá um jeito, porque vale a pena”.

Identificação

Além de participar de eventos, Luana também produz conteúdo sobre cultura asiática nas redes sociais, incluindo animes e mangás. A ideia, segundo ela, surgiu da vontade de encontrar pessoas com os mesmos interesses e criar uma comunidade.

“No começo, quase não tinha meninas produzindo sobre anime. Era um conteúdo dominado por homens, e isso me incomodava. Eu quero que outras meninas vejam que também podem gostar e falar sobre isso. Quero ser essa referência que eu não tive”, salienta.

O amor pela cultura foi tão arrebatador que a jovem começou a estudar a língua japonesa no Centro Interescolar de Línguas (CIL) do Recanto das Emas. “Eu acho muito legal, porque é de graça e incentiva bastante a conhecer mais sobre o Japão. Já faz um ano e meio que estudo japonês, porque meu grande sonho é conhecer o país. É o sonho da minha vida”, finaliza.

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