Os ambientalistas governamentais que me desculpem, mas sem essa de deixar onças dando sopa no Parque Ecológico Água Mineral, ali pertinho da Asa Norte, frequentado por muitos brasilienses, inclusive crianças, que se refrescam nas piscinas de água cristalina e gelada, para suavizar o calor e a secura do ar do Planalto Central.
Com base nos recentes closes de duas suçuaranas (uma delas acompanhada de um filhote) flagradas em armadilhas fotográficas, convém advertir que, se estiverem famintas, elas podem se aproximar e atacar os desavisados banhistas, da mesma forma como os lobos pernaltas da raça Guará que infestam a enorme área preservada de 42 mil hectares de Cerrado.
É a lei natural: animais irracionais comem gente, sim. Mas, ao contrário dos assaltantes nas ruas de Brasília, só matam quando estão com fome.
Confesso que não sou entendido em onças, mas recebi aulas do saudoso sertanista da FUNAI, Francisco Meirelles (que “domesticou” em Rondônia os temíveis índios Cinta Largas), sobre o risco de ser “jantado” por essas feras que têm agilidade de trapezistas de circo.
Exemplos: nas incursões em mata fechada, não convém acampar à beira de rios ou igarapés, locais onde onças vão beber água de madrugada. E também não adianta armar a rede no galho mais alto de uma frondosa castanheira amazônida, simplesmente porque onça sobe em qualquer tipo de árvore com a mesma facilidade de macaco.
A única solução é manter acesa uma pequena fogueira, na hora de dormir: Elas podem se aproximar, mas ficam à meia distância, com os olhos incandescentes brilhando no escuro, conforme constatei (morrendo de medo) em uma das várias incursões jornalísticas ao chamado Inferno Verde.
Outras dicas de Meirelles: onças são mais perigosas à noite. Na condição de felinas, costumam tirar uma boa soneca durante o dia (igual ao Luan, o gatinho lá de casa). Mas quando escurece, saem para caçar. Provavelmente por causa do modus vivendi dessas feras, os banhistas da Água Mineral ainda continuam ilesos.
É oportuno lembrar: aquele cheirinho gostoso de picanha assada, exalando das churrasqueiras, deixa qualquer um com água na boca, principalmente para quem possui olfato apurado, tal qual a suçuarana.
Quem avisa, amigo é: todo cuidado é pouco com onças famintas!
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