Diarreia aguda, inflamação gastrointestinal, pneumonia, desnutrição grave e malária. Estes são os principais sintomas apresentados por membros das comunidades Yanomami, na Amazônia. A gravidade da situação levou o presidente Lula a visitar uma das aldeias, no domingo (23), em Roraima, onde o Ministério da Saúde resgatou 26 crianças e dois adultos totalmente debilitados.
A tragédia humana entre os indígenas é o resultado mais cruel de uma política de desmonte dos órgãos de Estado responsáveis pela preservação da floresta e dos povos originários implementada nos últimos quatro anos pelo governo de Jair Bolsonaro (PL). O “combo” bolsonarista inclui, ainda, incentivo ao garimpo ilegal e à destruição da floresta para extração de madeira e expansão das pastagens para o gado.
“Se alguém me contasse que em Roraima tinha pessoas sendo tratadas dessa forma desumana, como vi aqui com o povo Yanomami, eu não acreditaria. Isto me abalou. A partir de hoje, vamos tratar nossos indígenas como seres humanos”, disse Lula, sensibilizado. E anunciou ações como o envio imediato de cestas básicas e suplementos alimentares, além de medidas de atenção à saúde.
Até o último levantamento, 570 crianças yanomamis morreram por desnutrição severa, pneumonia e malária (todas doenças evitáveis), de 2019 a 2022, sendo 99 vítimas fatais somente no último ano do governo Bolsonaro.