Publicitários sempre foram influenciadores – mas não individualmente. Participavam de um grupo formado por redatores, diretores de arte e mais uma multidão de outros profissionais, que criam anúncios para jornais e revistas, spots de rádio, comerciais de TV e tudo quanto é veículo de comunicação de massa. Incluindo, nos dias de hoje, a Internet, a IA e todas as suas subsidiárias.
Para esse pessoal, vez por outra a agência patrocinava seminários sobre teorias para abrir corações e mentes dos consumidores. Na verdade, não existia uma busca obsessiva para explicar o processo criativo, técnicas a serem usadas para inventar maneiras diferentes de chamar a atenção do grande público. Em suma: a coisa mais próxima disso era o brainstorming, a famosa tempestade de ideias da qual participavam todos – eu disse todos – os funcionários da agência.
Pois agora estão aparecendo cursos influenciadores que desejam tornar o processo criativo em algo burocrático e – talvez pior – com técnicas que tornariam qualquer pessoa bem-intencionada num grande criador. Alguns deles fazem o apelo irresistível para os chamados Millennials Z: tornar-se empreendedor do próprio talento.
Pergunta necessária para fazer ao mais cultuado publicitário brasileiro, Washington Olivetto: ele criou o garoto Bombril por causa de algum curso inspirado no livro do americano Dale Carnegie?
Como fazer amigos e influenciar pessoas é o nome do bestseller. Desde 1936.