Se sua vida não tiver abalos, dificilmente você parará para refletir sobre sua conduta, sua maneira de viver e de relacionar-se. Nas crises, reflita: O que a vida quer me ensinar? Como posso resolver isso de forma digna?
Não culpe os outros. Aprenda, mude. Ou então a vida repetirá os abalos com mais intensidade. Algumas crises se repetem porque você não amadureceu, permaneceu infantil.
A sua reação de birra, de querer todas as suas vontades atendidas pelos outros é a infância que continua em você. Amadureça, respeite os outros, saia do eu, interesse-se pelos outros, escute-os sobre o passado deles para entender porque são como são.
O entendimento deles será o seu entendimento. A compreensão deles será a sua compreensão, mas não se interesse apenas por curiosidade.
Faça-o para compreendê-los, viver melhor com eles e ajudá-los, embora, mesmo compreendendo-os, não seja possível uma relação harmoniosa com alguns. Então, neste caso, o melhor é afastar-se.
De alguns você deve afastar-se porque são psiquicamente doentes, traumatizados, agressivos, desconfiados. Respeite, mas mantenha distância sem alimentar mágoa.
Você não gosta de alguém e vive falando mal da pessoa? Ela te aborreceu? Ok. Você é uma pessoa perfeita que nunca aborreceu ninguém? Você já se interessou em conhecer a história dela? É o conhecimento que dá compreensão e anula a antipatia.
Se ela lhe fez sofrer e você está arrastando isso até hoje, isso denota que você é apenas uma pessoa carente, querendo chamar a atenção dos outros para que se compadeçam de você ou lhes deem razão.
Acorde! Ninguém resolve carência com a piedade dos outros. Você acha que a pessoa não vale nada? Se for força de expressão, tudo bem. Mas todo ser, até o diabo, tem qualidades. Observe com isenção e verá.
Ver qualidades em quem você não gosta é grandeza, sinal de que você chegou a um bom nível de entendimento e desenvolvimento. Somos todos companheiros de viagem no mesmo barco. Viver é aprender, amadurecer, crescer e compartilhar, se for possível, e quando for possível.