A CPI da Pandemia recebe hoje o ex-diretor do Departamento de Logística do Ministério da Saúde Roberto Ferreira Dias. Acusado de ter pedido propina para autorizar a compra da vacina AstraZeneca pelo governo federal, ele foi exonerado do cargo em junho passado. Dias nega a acusação.
A denúncia foi feita pelo policial militar Luiz Paulo Dominguetti, que, em depoimento à CPI, afirmou ter recebido pedido de propina para a compra de 400 milhões de doses do imunizante. Segundo Dominguetti, Dias sugeriu elevar o preço de cada dose em US$ 1 para que o valor pago a mais fosse distribuído aos envolvidos.
Os requerimentos para a convocação foram apresentados pelos senadores Humberto Costa (PT-PE) e Otto Alencar (PSD-BA). Nos pedidos, os parlamentares querem esclarecer também qual o envolvimento de Dias em irregularidades na compra de outro imunizante: o indiano Covaxin. As irregularidades no processo de compra da vacina, desenvolvida pela empresa Bharat Biotech, são outro foco de investigação da CPI, a partir das denúncias do deputado federal Luis Miranda (DEM-DF) e do seu irmão, o servidor do Ministério da Saúde Luis Ricardo Miranda.
O servidor Roberto Ferreira Dias abriu sua exposição na CPI já negando ter oferecido vantagem indevida ao policial Dominguetti Pereira, que tentava intermediar negociações junto ao governo federal para compra de vacinas da AstraZeneca. Segundo a testemunha, nunca houve pedido ilegal dele além de documentos, que também não chegaram a ser apresentados.
— Como ficou demonstrado por esta CPI, trata-se de um picareta que tentava aplicar golpes em prefeituras e no Ministério da Saúde — afirmou.
Função – Como diretor de logística do Ministério da Saúde, Roberto Dias tinha a competência de comprar insumos e vacinas. Ele foi citado nas denúncias de irregularidades na compra das vacinas AstraZeneca e Covaxin. Assista o vídeo e saiba mais.
Fonte: Agência Senado