Principais alvos da bancada bolsonarista da CPI da Pandemia, os governadores estão, momentaneamente, blindados por uma liminar do Supremo Tribunal Federal. Wilson Lima, do Amazonas, falaria à Comissão na quinta-feira (10), mas não precisou comparecer devido à decisão proferida pela ministra Rosa Weber.
A decisão não é definitiva. O assunto seguirá em discussão na Corte. Para o procurador-geral da República, Augusto Aras, a lei permite que os governadores deponham à CPI desde que seja apenas para esclarecimentos sobre uso de verbas federais.
Com a ausência do governador, os senadores se dedicaram a investigar defensores da cloroquina. Os parlamentares querem saber quem financiou e quem ganhou dinheiro com a prescrição indiscriminada da droga, considerada ineficaz no combate ao coronavírus.
Os senadores da CPI aprovaram também a quebra do sigilo telemático dos ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores), de membros do chamado “gabinete paralelo” e de várias agências de publicidade que atendem a conta do governo federal. Aguardemos os conteúdos que podem botar fogo na CPI.