A associação das Cooperativas e permissionárias de transporte público coletivo faz um protesto na manhã desta segunda-feira (18/5). Cerca 40 microônibus, todos veículos reserva, rodam em torno do Palácio do Buriti, sem parar o trânsito. Desde as 7h30, eles tentam chamar atenção do governo para os direitos das cooperativas. A principal reclamação é a falta de verba para o setor.
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Por meio de nota, a associação afirmou que os valores da passagens das cooperativas estão congelados desde 2008. “Nestes anos anos, houve seis aumentos de salários dos motoristas, cobradores e funcionários de garagem/administrativo, além de mais de 30 reajustes dos combustíveis”, diz o documento. Os representantes da entidade consideram a situação caótica. “Isso deu-se por inércia do poder público que nos anos anteriores e até o presente momento, não tomaram qualquer medida com o intuito de solucionar o problema”, descreve a assessoria no documento.
A categoria pede ainda o fim da tarifa técnica, valor pago pelo Estado para complementar a remuneração das concessionárias de transporte público. Se o valor da tarifa técnica da passagem de uma grande empresa é R$ 4,25, mas o valor da passagem repassado ao usuário é de R$ 1,50, o governo paga o valor de R$ 3,25 para a empresa. Assim, o passageiro acaba pagando a passagem duas vezes: de forma direta e por meio dos impostos.
O diretor da Cooperativa de Transportes do Distrito Federal (Cootarde), Davino Alves Cavalcante, acredita que a prática onera o Estado e o próprio usuário. Ele reclama também dos reajustes concedidos às grandes empresas nos últimos anos enquanto as cooperativas rodam desde 2008 sem reajuste tarifário. “Eles querem quebrar as cooperativas”, acusa.
Davino ressalta que a manifestação é pacífica e que não pretende fechar vias ou causar transtornos. “Sabemos que o usuário da via não tem culpa de nada disso. Não tiramos nenhum veículo de circulação para fazer o protesto”, completa.
As cooperativas de transporte operam com 500 ônibus e micro-ônibus em todo Distrito Federal. Empregam diretamente cerca de 3 mil funcionários.
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