O consumo de açúcar no Brasil aumentou expressivamente nos últimos 60 anos. Na década de 1930, o consumo per capita médio era de 15 kg de açúcar por ano, e na década de 1990, chegou a 50 Kg por pessoa ao ano. No entanto, a recomendação atual da Organização Mundial de Saúde (OMS) é de que o consumo diário não ultrapasse 5% das calorias totais da dieta, ou seja, aproximadamente 25g de açúcar por dia, considerando uma dieta de 2000 Kcal. Essa quantidade de açúcar equivale a uma colher de sopa cheia.
Um novo perfil de consumidores mais preocupados com a relação entre alimentação e saúde cresceu nos últimos anos. Por isso, a indústria de alimentos tem investido na elaboração de produtos para fins especiais, com modificações no conteúdo de nutrientes, para serem utilizados em dietas, especialmente na restrição de açúcar. A questão toda gira em torno do que realmente tem restrição ou não de açúcar, e se essa restrição tem sido benéfica para a saúde do consumidor.
A principal crítica deve ser feita à nossa legislação de alimentos, que permite que a sacarose seja substituída por maltodextrina, produto que pode ser chamado de diet ou zero em açúcar. Mas, afinal, a maltodextrina é ou não um açúcar? Na verdade, ela é um carboidrato, de estrutura maior do que a estrutura dos açúcares, e chamado de oligossacarídeo. Por isso, a indústria pode fazer esse tipo de troca. A questão é que os efeitos desse carboidrato no organismo são muito similares aos efeitos da sacarose. Então, é como trocar seis por meia dúzia!
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