Goiás está há mais de 150 dias sem chuva. Com isso, a vazão dos rios diminuiu drasticamente e as altas temperaturas e os recordes de baixa umidade do ar elevaram o consumo de água. Segundo empresa Saneamento de Goiás (Saneago), os sistemas de abastecimento operam dentro da normalidade nos 223 municípios onde ela atua. Mas a recomendação à população é de uso consciente de água.
Em Goiânia, conforme dados do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas de Goiás (Cimehgo), não há registros de chuva desde o dia 25 de abril. Já são 15 meses consecutivos com a cidade batendo recordes de altas temperaturas. A demanda por água aumentou, mas os mananciais não se recuperaram na mesma proporção, perdendo sua sustentabilidade.
De acordo com dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), esse é o nono maior período sem chuvas na capital desde que as medições começaram a ser realizadas, em 1961. O índice deste ano em Goiânia já é quase o dobro do mesmo período do ano passado, quando não choveu durante 67 dias.
Abastecimento – A Saneago ressalta que a situação climática afeta diretamente o abastecimento público. Até que as chuvas retornem, é imprescindível que todos reduzam o consumo. A empresa mantém o menor índice de desperdício na distribuição de água em todo o Brasil e investe nas melhorias dos sistemas de abastecimento e em ações operacionais, como perfuração de poços e interligação de sistemas. Porém, sem água nos mananciais, a Saneago fica sem sua matéria-prima para captar, tratar e distribuir à população.
Saiba +
A Saneago recomenda o uso da água apenas para o estritamente necessário. Regue o jardim em horários de temperatura mais amena – início da manhã ou final da tarde. Repare e conserte possíveis vazamentos. Tome banhos curtos e use a máquina de lavar roupas apenas quando acumular a maior quantidade de vestimentas possível. Reaproveite a água da lavagem para outros usos. Lave o carro somente em caso de extrema necessidade.