Alexandre Macedo (*)
Com a pós-modernidade, as empresas em posição de vanguarda reagiram à necessidade de transcender no mercado – surpreendendo seus atuais clientes – e aumentar o poder de atrair clientes potenciais. Deste modo, emergiu a urgência de contratar um profissional com atitude empreendedora, proativo, com uma visão sistêmica do negócio, de alta qualidade nos relacionamentos, entre outros atributos.
Esse novo cenário provocou um fenômeno cujas carreiras deixam de ser administradas pelas empresas e o profissional foi exigido a adotar o papel de protagonista, tendo que assumir a condução e destino da sua própria trajetória profissional.
O problema é que a maioria ainda não se deu conta desta nova realidade. E muitos não estão preparados para conduzir sua carreira. Acham que empreender seja apenas abrir um negócio e navegam nesse terrível equívoco acreditando que não seja possível empreender sua própria carreira.
Alguns profissionais escrevem sua história dentro das organizações a partir das oportunidades oferecidas e não por escrever uma história de construir a sua própria oportunidade. Ainda se mantêm em posição de desconforto diante de feedbacks e preferem não colocar uma olhar nos seus pontos falhos a fim de melhorá-los.
Profissionais mais novos, chamados de Geração Y, já iniciaram uma vida profissional mais desprendida e estão tecnologicamente mais preparados. Porém, em sua maioria, quando entrevistados, admitem não saber planejar seu futuro, tão pouco administrar a própria carreira.
O desafio de qualquer geração sempre será lidar com o novo, o desconhecido, a mudança. Neste sentido, aumenta a necessidade de novos aprendizados para continuar evoluindo. Isso porque a zona de crescimento irá nos exigir esforços, sacrifícios e ousadia. Pense nisso!
Nesse cenário complexo, carregado de ambigüidades, surge a necessidade, muitas vezes, de recorrer a um consultor de carreira. Um especialista, um profissional experiente, que pode ajudar a outros profissionais alinhar suas carreiras em meio a um mercado em profunda transformação.
Não será o bastante aconselhar ou interpretar uma carreira de quem busca orientação. Será imprescindível apresentar dados de uma realidade que serão norteadores de suas próprias decisões.
Na próxima edição abordaremos como o profissional pode construir uma mente meta-orientada.
(*) Especialista na Gestão de Pessoas e Analista Comportamental. Fundador do Instituto Lidere e mentor do programa Liderança Sustentável.