Com a leitura do requerimento de criação da CPMI nesta quarta-feira (26), o Congresso Nacional dará o pontapé inicial para apurar envolvimentos e omissões nos atos golpistas de 8 de janeiro. O colegiado será composto por 16 senadores e 16 deputados federais, indicados pelos blocos partidários de cada Casa.
A movimentação pelos cargos principais segue intensa nos bastidores. O senador Renan Calheiros (MDB-AL) é um dos cotados para presidir a comissão de inquérito, enquanto a relatoria deve ficar entre dois deputados aliados de Arthur Lira: André Fufuca (PP-MA) ou Arthur Maia (União-BA).
Na tentativa de blindar o ex-presidente Jair Bolsonaro, o PL pretende indicar o senador Flávio Bolsonaro, o 01, e o deputado Eduardo Bolsonaro, o 03. Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-chefe da Abin no governo passado, e André Fernandes (PL-CE), autor do pedido de abertura da CPMI, também devem integrar a tropa de choque da oposição.
Já os governistas ainda apostam que é possível o PT emplacar presidência e relatoria, articulação confirmada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ). Além de Renan Calheiros, os senadores Omar Aziz (PSD-AM), Humberto Costa (PT-PE), Randolfe Rodrigues (Rede-AP), que foram membros da CPI da Covid, são vistos com bons olhos pelo Planalto.
A primeira sessão da CPMI para eleição do presidente só deve ocorrer na segunda semana de maio. É a partir daí que os trabalhos começam na prática.