Apesar de o Congresso ter retornado os trabalhos na última terça-feira (2), após 40 dias de recesso, os senadores decidiram esticar o feriado do Carnaval e retomar as votações somente na próxima semana. Nesta quarta-feira (10) o ponto foi facultativo na Casa – o que na prática significa feriado. No horário da sessão ordinária, a TV Senado exibiu uma reunião da Comissão de Relações Exteriores realizada em setembro do ano passado.
Nos próximos dois dias – quinta e sexta-feira –, as sessões do Senado serão apenas para discursos dos parlamentares que estiverem na Casa. Não há votações marcadas. A preocupação com o esvaziamento das sessões do Senado este ano já foi manifestada pelo presidente da Casa, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), que quer elaborar uma agenda especial para votações no primeiro semestre por causa das Olimpíadas do Rio de Janeiro e das eleições municipais.
Na Câmara, a grande parte dos deputados não compareceu, já que nenhuma sessão estava programada para hoje. As discussões em plenário estão programadas para retornar na segunda-feira (15). Votações somente no dia seguinte. Nem o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), que passou boa parte do recesso em Brasília, esteve na Casa. De acordo com sua assessoria, não há previsão de quando ele retorna do Rio de Janeiro para Brasília.
Apesar da pouca presença de parlamentares, a Casa não decreto ponto facultativo. Até as 12h, os servidores estavam liberados de bater o ponto eletrônico. Em tese, voltariam ao trabalho após ao meio-dia desta quinta-feira. Mas, como existe banco de horas para os servidores efetivos e parte dos comissionados, a maioria acabou preferindo usar as folgas acumuladas pelo tempo trabalhado durante as sessões que ultrapassaram as 19h.
Assim, da mesma forma que o Senado, a Câmara esteve vazia durante toda a quarta-feira de cinzas. Apenas parte dos servidores, dos funcionários terceirizados e visitantes circulavam pela Casa. Com demanda reduzida de serviço, alguns até pararam para assistir a apuração do desfile das escolas de samba do Rio de Janeiro nos locais com aparelhos de televisão.