O protesto de servidores contra a votação do pacote fiscal do governo do Estado do Rio de Janeiro já passa de cinco horas e se espalha pelo centro do Rio. A sessão foi encerrada, mas a manifestação, que começou por volta das 13h de hoje (6), em frente à Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), ainda provoca confrontos entre os ativistas e policiais da tropa de choque da Polícia Militar.
Pelo menos 30 pessoas foram feridas (10 PMs e 20 civis) no ato contra o pacote de medidas de austeridade proposto pelo governador Luiz Fernando Pezão. A maior parte dos manifestantes é formada por policiais civis e militares, bombeiros e agentes penitenciários. Funcionários da Alerj e jornalistas receberam máscaras para se proteger das bombas de gás dentro do prédio. O pacote de Pezão começou a ser votado nesta terça-feira.
Parte dos manifestantes correu em direção à Avenida Rio Branco, a principal do centro da cidade, e ateou fogo no meio da rua, paralisando o trânsito, inclusive do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT).
A situação está, até o momento, fora de controle, pois os policiais do Batalhão de Choque da PM não conseguem controlar os manifestantes que jogam rojões, foguetes e pedras contra os militares, que respondem com bombas de gás, de efeito moral e com tiros balas de borracha. A maior parte do comércio na região fechou as portas, com medo de invasões e depredações.
Segundo o G-1, por 32 votos a 19, deputados rejeitaram o destaque que excluiria secretários que ganham acima do teto do corte de 30℅ no salário. Com o resultado, secretários de Educação e Fazenda, que ganham acima do teto, terão salários reduzidos ou deixarão os cargos. \”Secretários podem ficar nos cargos recebendo R$ 26 mil mensais ou pedir exoneração\”, disse o deputado Marcelo Freixo (PSOL).
Também hoje os parlamentares decidiram antecipar o calendário de votação do pacote, que inicialmente iria até o dia 15. Agora, as últimas medidas serão votadas na próxima segunda-feira (12). A sessão promete ser a mais polêmica, já que na pauta estarão o aumento da contribuição previdenciária dos servidores, de 11% para 14% do salário, e o adiamento para 2020 de reajustes salariais para diversas categorias, que já haviam sido aprovados pela própria Alerj.
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