Já tem plano de saúde avisando: a partir da próxima leva de cartões de identificação, os clientes com mais de 60 anos continuarão a portar o documento de plástico, onde constam seu nome, número do registro etc. Por outro lado, os que ostentam menos dessa idade, utilizarão apenas o cartão virtual.
Claro que não se trata de preconceito, mas de reconhecimento de uma dura realidade: os antigos sofrem mais golpes disparados por bandidos que se especializaram em dar tombos financeiros, do que os jovens que manipulam sem dificuldades suas contas bancárias.
Enquanto isso, os apelidados de idosos vivem perdendo grana caindo na conversa de falsos gerentes, entregadores de pizza e bônus milionários, caso invistam uma quantia razoável fazendo parceria com empresas também falsas com sede na Tailândia.
São os tempos, como diria um sábio chinês. Acostumados aos cheques, documentos com cópia em papel carbono e assinatura com firma reconhecida, é realmente difícil competir com quem ganha jogos, digo, games, manipula o WhatsApp com facilidade e é capaz de, em dois toques, transformar um mistério que se tornava impossível de ser desvendado numa brincadeira de criança.
Daí, as pesquisas mostrarem que, cada vez mais, os jovens tomam conta das peripécias dos velhinhos na Internet – deixando para trás o que acontecia quando as crianças tomavam aula de matemática no lápis e no papel almaço.
Melhor relaxar.