A fase para ouvir as testemunhas de defesa e acusação no processo do impeachment foi ampliado em uma semana. No calendário aprovado, previa-se o final desta fase para 17 de junho, mas o prazo precisou ser estendido até 24 de junho por causa do número de depoentes, que só de defesa são 40.
Para tentar acelerar os trabalhos, a comissão dispensou 4 testemunhas de acusação. A senadora Simone Tebet, do PMDB, defendeu a redução dos prazos.
A senadora do PT Fátima Bezerra criticou a pressa para encerrar essa fase.
Foram ouvidas duas testemunhas de acusação nessa segunda-feira (13): os secretários do Tribunal de Contas da União (TCU) Tiago Alvez Dutra e Leonardo Albernaz.
O secretário de controle externo do TCU Tiago Alvez Dutra afirmou que os atrasos nos pagamentos aos bancos públicos, que ficaram conhecidos como pedaladas fiscais, configuram operação de crédito, o que é considerado ilegal pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
O parecer sobre os atrasos nos pagamentos de 2015 ainda não foram analisadas pelo plenário do TCU, o que deve ocorrer nesta quarta-feira (15). Tiago Alvez Dutra destacou ainda que atrasos de pagamentos de governos anteriores não foram considerados operações de crédito.
O advogado de defesa da presidenta afastada, José Eduardo Cardozo, questionou porque o TCU não considerava operação de crédito os atrasos de governos anteriores.
A comissão do impeachment volta a se reunir nesta terça-feira (14) para ouvir mais quatro testemunhas, entre elas o ex-presidente do BNDES, Luciano Coutinho.