As associações nacionais do comércio projetam um fim de ano para Papai Noel nenhum reclamar. Apostam num volume de vendas igual ao do Natal de 2013, quando o Brasil bombava em emprego e renda. Pode até ser, mas aqui em Brasília, os empresários do comércio candango precisam rever suas estratégias de vendas, se quiserem acompanhar os colegas de outros estados. Caso contrário, o Natal será bem mixuruca.
Mês a mês, o comércio da cidade vem apresentando estatísticas pouco alentadoras e, em alguns casos, inversas ao comportamento nacional. Dois balanços recentemente divulgados pelo IBGE e pela Fecomércio-DF mostram esta realidade. Ao comparar julho deste ano com julho do ano passado, o IBGE registrou no DF queda na atividade comercial de 5,6%, enquanto a média nacional cresceu 3,1%. Já a Fecomércio-DF verificou em agosto uma queda de 2,45%, em comparação com o mês anterior. Se cotejadas com o volume de vendas de um ano atrás, a queda é de 2,11%.
A queda nas vendas só não foi maior devido ao crescimento nos setores de comércio varejista de bebida e o grupo que reúne minimercados e mercearias. A própria Fecomércio-DF, contudo, acredita que mesmo com o Dia das Crianças e o Natal, a recuperação será tímida nos próximos meses.
Desemprego
As vendas em baixa têm afetado o mercado de trabalho. Nos doze meses anteriores a agosto, a queda do nível de emprego no comércio foi de 3,2%, e nas empresas prestadoras de serviços, de 7,7%. As perspectivas mais otimistas para o fim do ano apontam para um crescimento de 1,02% na oferta de empregos, o que sugere que o Natal candango será ainda com muita gente desempregada.