Entra em operação nesta terça-feira (17) o Aterro Sanitário de Brasília, espaço projetado para comportar 8,13 milhões de toneladas de rejeitos (materiais não reutilizáveis) e, com isso, ter vida útil de aproximadamente 13 anos. É uma obra importante na gestão de resíduos.
Retomada em 2015, a construção ocorre gradativamente em quatro etapas. A primeira tem 110 mil metros quadrados (m²), divididos em quatro células de aterramento. Uma delas, de 44 mil m², começa a funcionar hoje. “Este é um momento histórico para a nossa cidade. Começamos a desativação gradativa do Lixão da Estrutural, conforme determina a Política Nacional de Resíduos Sólidos, com a inclusão social dos catadores de materiais recicláveis”, disse o governador Rodrigo Rollemberg durante a inauguração na manhã desta terça-feira.
Capacidade
A área é de 760 mil m², dos quais 320 mil são destinados a receber rejeitos. Por enquanto, será depositado no local aproximadamente um terço da produção diária de lixo do DF, que virá das usinas de tratamento do Serviço de Limpeza Urbana (SLU) no P Sul (Ceilândia) e na Asa Sul (Plano Piloto) e das áreas de transbordo de Brazlândia e Sobradinho. A estimativa da autarquia é que sejam aterradas entre 900 e mil toneladas por dia, o que equivale a 40 carretas.
As técnicas utilizadas no aterro asseguram proteção ao meio ambiente e correto tratamento dos resíduos. São exemplos a impermeabilização do solo, o sistema de drenagem e a compactação diária, que reduzem o volume do lixo e evitam a contaminação de áreas vizinhas e a proliferação de animais, como roedores e urubus. O aterro receberá apenas rejeitos — método que minimiza impactos ambientais e que está previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010).
Custo
Rollemberg também destacou a ampliação e a inovação da coleta seletiva no DF, que, em cinco regiões, está sendo feita por cooperativas de catadores. “Esses trabalhadores farão a separação do material nos centros de triagem, que serão construídos. As licitações estão em andamento, e, em breve, começam as obras.”
O custo para construir a primeira etapa do Aterro Sanitário de Brasília e executar obras de infraestrutura é de cerca de R$ 45 milhões, com recursos exclusivos do SLU. Os pagamentos começam agora, com o início do funcionamento. O valor a ser repassado por mês depende da quantidade de rejeito que chegar periodicamente ao aterro. A operação do espaço é de responsabilidade do consórcio formado pelas empresas GAE, Construrban e DBO.
Fonte: Agência Brasília