A Defesa Civil do Distrito Federal declarou estado de emergência em função da baixa umidade relativa do ar, que chegou a 11% na tarde desta quarta-feira (30), segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Nas escolas, a orientação para os diretores é suspender atividades de educação física, mesmo aquelas que não ocorram ao ar livre.
Para a população em geral, o órgão sugere não praticar atividades que exijam grande esforço das 10 às 17 horas, período em que normalmente a seca se apresenta mais severa.
O estado de emergência é decretado quando a umidade relativa do ar fica abaixo de 12% por dois dias ou mais. No estado de alerta, os índices devem perdurar por três dias consecutivos entre 12% e 20%. Já no de atenção, a umidade se mantém entre 20% e 30% por cinco dias seguidos.
Segundo a coordenadora de Riscos e Desastres da Defesa Civil, major do Corpo de Bombeiros Solange Ribeiro, considerando a série histórica, a situação pode se tornar ainda mais crítica nos próximos dias, daí a importância de os brasilienses seguirem as medidas para evitar problemas de saúde.
“Podemos chegar a 9% de umidade relativa do ar, por isso é importante lançar um olhar especial para as crianças, para os idosos e para aquelas pessoas que trabalham expostas ao sol”, destacou a coordenadora.
Incêndio – A falta de chuva na cidade tem como consequência o aumento de incêndios em áreas de mata. Às 11 horas desta quarta-feira (30), o Corpo de Bombeiros Militar foi acionado para combater uma queimada na Floresta Nacional de Brasília.
Vinte e cinco militares, cinco viaturas e uma aeronave foram mobilizados para debelar as chamas. De acordo com a corporação, o total de área consumida pelo fogo só será divulgada após o final da operação.
Combate – O Corpo de Bombeiros registrou 4.413 incêndios florestais em 2017, quase metade deles (2.126) apenas nos primeiros 23 dias de agosto. Por dia, em média, houve 18,7 ocorrências dessa natureza. No mesmo período de 2016, foram computadas 4.861 notificações.
Segundo os bombeiros, mais de 90% dessas queimadas foram provocados por causas não naturais, como queima irregular de lixo, poda de árvores ou de pasto para manejo de solo, por parcelamento irregular e por guimbas de cigarros jogadas no chão. Para colaborar na identificação de causadores de incêndios florestais, a população pode fazer denúncia anônima pelo telefone (61) 3214-5602.
Cuidados – Em época de estiagem, o ar-condicionado costuma ser bastante acionado para aliviar o calor, mas a Defesa Civil alerta para o uso excessivo, pois os aparelhos retiram ainda mais a umidade do ambiente.
Uma boa dica é substituí-los por umidificadores ou espalhar bacias com água nos recintos.
Veja outras recomendações para minimizar os efeitos da seca:
- Passar protetor solar com fator mínimo 30 quando ficar exposto ao sol
- Usar cremes hidratantes ou óleos vegetais para hidratar a pele
- Usar bonés e carregar garrafas com água para fazer atividades físicas
- Beber mais líquidos, como água, água de coco, sucos naturais e chás e evitar bebidas alcoólicas e gaseificadas
- Beber pelo menos seis copos de água por dia
- Comer alimentos leves, como verduras e frutas
- Evitar alimentos gordurosos
- Hidratar os olhos com lágrimas artificiais; as narinas, com soluções nasais; e os lábios, com hidratantes labiais que tenham filtro solar
- Evitar banhos demorados e quentes e o uso de buchas de banho. Ambos diminuem a oleosidade da pele
- Usar sabonete apenas nas axilas, regiões genitais e nos pés. O sabão também diminui a oleosidade
- Usar roupas leves e, se possível, de algodão
- Ficar mais atento a idosos, que são suscetíveis a problemas respiratórios, e a crianças, que têm a pele mais sensível e vulnerável
- Usar bonés ou outros acessórios para se proteger do sol, como sombrinha e guarda-chuvas
- Evitar aglomerações em ambientes com pouca ventilação durante o dia
- Evitar queima de lixo e entulho para prevenir incêndios florestais acidentais
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