O bicampeonato estadual conquistado pelo Fluminense no RJ e pelo Palmeiras em SP nesse domingo (9) vai além das goleadas e dos gols de seus principais artilheiros. Mesmo sem entrar em campo, o protagonismo dos técnicos Fernando Diniz e Abel Ferreira é fator determinante para explicar a virada diante dos adversários.
A escalação tricolor foi montada para aproveitar a fragilidade defensiva do Flamengo, com Marcelo percorrendo não apenas a faixa esquerda do campo. Não à toa fez o primeiro gol da partida no lado direito de ataque. Sem saída de bola, os rubro-negros assistiram ao Flu dar um banho de bola no Maracanã, enquanto seus torcedores xingavam o técnico Vítor Pereira pelo desempenho abaixo da crítica. O resultado de 4×1 após revés na ida por 2×0 coroou o primeiro título de Diniz como treinador. Do outro lado, a tendência é que o “professor pardal” português seja mandado embora da Gávea nas próximas horas.
Na outra ponta da Via Dutra, Abel Ferreira demonstrou novamente porque é o mais vencedor dos treinadores estrangeiros. Escalou o polivalente Vanderlan, de 20 anos, na lateral esquerda no lugar de Piquerez, o que deu liberdade para Rony e Veiga. Em mais uma atuação de gala de Dudu, o Palmeiras marcou três gols em 34 minutos – dois de Gabriel Menino e um da joia Endrick. Coube ao desacreditado Flaco López sacramentar o triunfo contra o Água Santa e mostrar que a fome de títulos no Palestra Itália segue insaciável.