A maior reclamação dos moradores de Taguatinga é a falta de atenção com a infraestrutura da cidade. Em seguida, aparecem as preocupações com educação, segurança e saúde. Esporte, lazer, cultura e mobilidade urbana fecham a lista do levantamento feito durante 40 dias pelo grupo Defensores de Taguatinga.
Entre mais de 1,3 mil sugestões e reclamações colhidas em 100 urnas distribuídas por toda a cidade, 27% considera que é necessário melhorar a infraestrutura, que tem relação direta com o bem-estar da população. Na área de educação, 25% pedem melhorias nas escolas, consideradas antigas e sucateadas. Na segurança, 23% apontarem deficiências, com mau atendimento em delegacias.
Na saúde, com 11% de reclamações, moradores lembraram que a última obra de porte no Hospital Regional (HRT) foi em 1974. Com 7% ficaram esporte, lazer e cultura, junto com mobilidade urbana. “Para que serve uma delegacia sem policiais”, reclamou uma moradora que não quis ser identificada. Agora, esse resultado será organizado por área pelos Defensores.
“A cidade está abandonada. A partir de agora, iremos montar grupos de trabalho com profissionais de todas as áreas para transformar as reclamações em propostas”, explica José Luiz Lopes, um dos coordenadores do grupo, que tem o apoio do Brasília Capital. Ele contou que, no geral, muitos moradores consideram que há muita politicagem e menos trabalho para cuidar de Taguatinga.
O trabalho resultará numa carta aberta a todos os pré-candidatos ao Governo do Distrito Federal, que será entregue em 5 de junho, dia do aniversário da cidade. Antes do texto que será encaminhado ao GDF, os Defensores de Taguatinga divulgarão o teor das reivindicações dos moradores e as respectivas propostas formuladas pelos especialistas nas áreas pesquisadas.