Tite se preocupou em controlar a euforia de jogadores e torcedores com a impressionante ascensão da Seleção Brasileira nas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo desde a goleada por 4 x 1 sobre o Uruguai, na última quinta-feira. O técnico fugiu do seu costume e comandou treinamentos fechados à imprensa, evitou falar na conquista da vaga no Mundial e reprimiu sinais de empolgação. Agora, com a classificação matematicamente assegurada, o discurso mudou.
“Existem alguns clichês de que discordo. Dizem que é mais difícil se manter do que chegar ao topo. É difícil igual, cara. Aí, falam de zona de conforto. O que é zona de conforto e zona de confiança? A diferença é tênue. A gente não pode ficar com medo de ser feliz. Quero que a equipe tenha coragem de ser feliz. Se você está em um momento de confiança, agarre-se a isso. Se estiver fazendo coisa errada, aí, sim, vou cobrar”, argumentou Tite.
Fase de testes – O Brasil não tem feito nada de errado sob o comando do treinador que virou ídolo do Corinthians. A última das oito vitórias consecutivas nas Eliminatórias, por 3 x 0 sobre o Paraguai, na terça-feira, em Itaquera, sacramentou a conquista de um lugar na Copa da Rússia e deu a Tite a oportunidade de iniciar a fase de testes em sua Seleção para 2018.
“Todas as vagas estão abertas. O Willian, por exemplo, estava jogando muito e teve um declínio. Aí, o Coutinho veio em um momento exuberante e ganhou o lugar dele. O Dani Alves é um baita jogador, mas olho para trás e vejo Fagner, Mariano, Rafinha, Fabinho… Estamos monitorando todos os jogadores. Posso até errar, que é da vida, mas não deixo de acompanhar”, avisou.
“Queremos consolidar. Quando repete desempenho, sem oscilar, a equipe fica marcante, forte, pesada. Hoje, ela não está pronta”, ressalvou Tite, comandante de primeira seleção que garantiu em campo a vaga para a Copa do Mundo de 2018. A outra é a Rússia, país-sede da competição.
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