Muitas regiões administrativas do DF possuem Conselho Comunitário, e a renovação deles chamará a atenção política. Na Cidade Estrutural, onde o TRE tem cadastrado cerca de 23 mil eleitores, a eleição será em junho, mas o clima já está quente.
Pelo menos quatro chapas já se apresentaram e outras duas ainda poderão ser formadas. Juridicamente, esses Conselhos devem intermediar as demandas sociais junto ao Poder Público e, por isso, os políticos de plantão querem deixar sua impressão digital na composição de suas diretorias.
Nomes como os dos senadores Damares Alves (Republicanos) e Izalci Lucas (PSDB); da vice-governadora Celina Leão (PP), do distrital Iolando (MDB), dos ex-candidatos a distrital Tabanez (MDB) e Anderson Medina (PP) aparecem como padrinhos de chapas, embora ninguém assuma publicamente.
A maioria das chapas é do campo governista do GDF. O ex-administrador da cidade, Evanildo Macedo (PP), concorre ao posto de presidente do Conselho. Fora da “aba” do Buriti, apenas uma chapa se apresentou. Tida como progressista, é composta por moradores que apoiaram a candidatura de Lula ao Planalto.
Valdeir da Rosa Neri, conhecido como Bigode de Gato, diz não estar filiado a nenhum partido e que a motivação da sua candidatura é exatamente dar uma resposta ao aparelhamento das estruturas de representação comunitária. Distritais como Chico Vigilante (PT), ou mesmo a direção local do Psol, garantem não estar participando do processo.
Liderança veterana na Estrutural, Paulo Barbosa, o Paulão da Estrutural, avalia que políticos tradicionais vão se valer da disputa na cidade para obter espaço e projeção para 2026, especialmente, futuros candidatos a cargos majoritários. “Esse agito todo é fruto das disputas dos cabos eleitorais na defesa dos interesses de seus chefes”, diz ele.