A Câmara Legislativa realizou uma sessão solene nesta segunda (1º) em homenagem aos profissionais que atuam com estudantes com Altas Habilidades e Superdotação (AH/SD), condição identificada em cerca de 880 jovens no DF, segundo a Secretaria de Educação. A estimativa, contudo, é que outros milhares ainda não tiveram acesso ao processo avaliativo. A iniciativa foi proposta pelo deputado Eduardo Pedrosa (União Brasil).
Segundo Pedrosa, os alunos com AH/SD ainda enfrentam preconceito e capacitismo, sendo vistos como exibidos, problemáticos ou até mesmo como pessoas que não precisam de apoio. Visão distorcida que gera sofrimento e, muitas vezes, isolamento.
“É papel de todos nós, educadores, familiares, gestores e legisladores, desconstruir esses estigmas e criar redes de apoio que valorizem e acolham cada um desses talentos. Por isso, os profissionais e professores que atuam com esses alunos são muito importantes”, ressaltou.
O distrital acrescenta, ainda, que as escolas devem oferecer opções alternativas ao ensino regular, já que o processo de atenção dos superdotados é difuso, o que os torna mais dispersos. “Ao perdermos essa atenção, corremos o risco de afastá-lo do ambiente escolar ou de não aproveitarmos todo o seu potencial. Para isso é necessário investir em práticas pedagógicas diferenciadas”, acrescentou Pedrosa.
Para Marlon Santos, professor de Altas Habilidades de Ceilândia e pai de Sophia (que também tem AH/SD, com talento voltado para artes), é fantástico testemunhar os projetos dos estudantes, seja artístico, no circuito de ciências, nas Olímpiadas ou na robótica.
“Temos um lema em nossa sala: ‘Winners never give up‘. Vencedores nunca desistem. Encerro minha fala abrindo as pontes do conhecimento. Como eu digo para os meus estudantes, a sala de aula é só um limite, nós podemos ir além”, concluiu.