O Cine Brasília voltou a ter gestão compartilhada entre a Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Distrito Federal (Secec) e a Organização da Sociedade Civil (OSC) Box Cultural. A cerimônia marcando o início da nova administração aconteceu no Dia do Cinema Brasileiro, celebrado na quarta-feira (19).
Nos próximos três anos, o foco dessa parceria será otimizar as medidas de acessibilidade para pessoas com deficiência. Atualmente, o Cine Brasília oferece uma sessão acessível por mês. Com a nova gestão, a meta é ampliar para duas mostras mensais. Essas sessões incluem recursos como legendagem na tela, iluminação reduzida na sala e volume de som ajustado para pessoas autistas.
De acordo com o titular da Secec, Cláudio Abrantes, o objetivo é ampliar a acessibilidade do local. “O Cine Brasília tem um papel fundamental na vida das pessoas e está intimamente ligado à cena cultural da cidade desde seu início. Queremos expandir cada vez mais a acessibilidade e atrair mais público e mostras”.
A diretora do Cine Brasília, Sara Rocha, enfatiza que a gestão também se compromete a realizar pelo menos 864 sessões até o final de 2024, o que equivale a 72 sessões por mês. “Nosso objetivo é aumentar as sessões acessíveis e tornar essa inclusão do público com deficiência mais frequente e abrangente”.
Além das sessões dedicadas, o Cine Brasília planeja aumentar a inclusão na programação regular do cinema com filmes que possuam recursos de acessibilidade em segunda tela. A gestão compartilhada começou em agosto de 2022 e, com essa renovação, espera-se melhorias significativas na manutenção do local, incluindo a troca das mais de 600 poltronas.
Um levantamento técnico está em andamento para preservar todas as peças, considerando que o prédio é tombado. Sara Rocha destaca que a meta também inclui a compra de um novo projetor mais tecnológico ainda este ano, melhorando a experiência do público.