Ícone do Egito antigo, o rei Tutancâmon era dentuço, manco e tinha quadris largos. Foi o que revelou uma “necropsia virtual” feita pelo radiologista egípcio Ashraf Selim, da Universidade do Cairo. Em um documentário que vai ao ar no sábado pela BBC inglesa, o especialista revela que o jovem faraó, morto aos 18 anos, não viveu a vida glamourosa que sua majestosa máscara dourada insinua. Famoso por ser um apaixonado por corridas de carruagem, Tut teria, contudo, um problema que impossibilitava a sua participação no esporte: pés chatos. Por causa disso, ao contrário de exibir um visual atlético, ele usaria bengala para se locomover.
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Essas revelações são resultado de um estudo baseado em mais de 2 mil imagens radiológicas, além da análise genética da família real de Tutancâmon, que sugere um caso de incesto. Seu pai, o faraó Akenaton, teria se relacionado com a irmã — algo que não era proibido no antigo Egito, já que ninguém sabia ainda sobre as implicações do incesto para a saúde dos descendentes.
Enquanto várias histórias sugerem que o jovem foi assassinado ou morreu após um acidente de carruagem, a natureza incestuosa da união dos pais pode ter contribuído para o fim precoce do faraó, que teria herdado alguma doença genética. Em entrevista ao site britânico Mail Online, Ashraf Selim contou que, de todas as fraturas identificadas no corpo de Tutancâmon, apenas uma, no joelho, foi produzida antes da morte.