Apesar de não representar risco de contaminação, uma peça com material radiativo acoplada na asa de um avião, cuja carcaça estava em um chácara em Taguatinga, mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros e Exército especializadas em energia nuclear nesta quinta-feira (3).
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O equipamento que serve para medir a qualidade do combustível do avião continha amerício 241 – elemento sólido, que emite energia nuclear de baixa periculosidade. Mesmo livre de riscos, as equipes especiais tiveram de seguir o Protocolo da Convenção de Segurança Nuclear, que determina a retirada do material e seu posterior isolamento.
De acordo com o comandante do Grupamento de Proteção Ambiental do Corpo de Bombeiros, Alan Alexandre Araújo, eles estavam ali a pedido da Comissão Nacional de Energia Nuclear, vinculada ao Ministério de Minas e Energia, que recebeu uma denúncia anônima.
Bombeiros com roupas especiais fizeram a retirada da caixa, que tem o tamanho de um aparelho celular. “Vamos levá-la em segurança para a Comissão”, afirmou o comandante Araújo.
O responsável pela carcaça do avião da falida Transbrasil comprou o avião em um leilão para fazer quatro restaurantes, uma livraria e uma lanchonte com a fuzelagem. “Não sabíamos desse problemas”, limitou-se a dizer Emerson Lincoln, que quer continuar o projeto.
Saiba mais
O composto químico encontrado é usado como fonte para radiografia gama, aproveitando os raios gama que acompanham a maior parte da emissão alfa. O elemento também serve para estudos químicos e como fonte de energia.