Lula na cadeia é um emblema. Um momento histórico no nosso país, que veio, justamente, para reforçar nossos alicerces democráticos e dar ainda mais sentido à palavra cuja definição é “o poder exercido pelo povo”. E a prisão de um ex-presidente, acusado dos crimes de corrupção e de lavagem de dinheiro, é, certamente, um divisor de águas para o Brasil e mostra a força das nossas instituições, como o Ministério Público, os tribunais superiores, o Tribunal de Contas da União e a Polícia Federal. Um divisor que precisa ter continuidade para dar fim à corrupção: esse câncer que se alastra além da esfera Federal e que, aliado à incompetência de alguns gestores, prejudica toda a população, de várias maneiras.
Agora, chegamos em 2018 e, apesar de existir uma ampla força-tarefa que tenta desmembrar os vários esquemas de corrupção no país, ainda convivemos com antigos problemas. Por isso, neste ano, com as eleições em menos de seis meses, é preciso ir além das críticas e eleger candidatos Fichas Limpas. É necessário que nós, cidadãos, assumamos a responsabilidade que nos cabe e sermos parte da solução. Isso pode e deve ser feito nas urnas. Problemas e soluções obrigatoriamente passam pelo campo da política. Por isso, precisamos retirar dela os problemas, e colocarmos dentro dela as soluções que se apresentam.
É urgente e gritante a necessidade de, neste ano, eleger as soluções e não reeleger os problemas. Devemos avaliar o histórico dos nossos candidatos, conhecer o trajeto de cada um, debater suas propostas, saber se são viáveis e, principalmente, cobrar que sejam colocadas em prática. Esse é o único caminho para um país que pretende um futuro mais democrático, com cidadãos, de fato, exercendo sua cidadania em todos os aspectos: com direitos, deveres e metas.
Somente a renovação de nossos representantes, com políticos Fichas Limpas, poderá contribuir para o futuro do Brasil e do DF. O caos que vivemos por aqui, por exemplo, não pode se repetir nos próximos quatro anos. Somos, hoje, reféns de um governador incompetente, sem projetos e que, além de não fazer nada em prol da população de Brasília, ainda apoia movimentos que dão suporte à corrupção, cedendo espaço, por exemplo, para o Acampamento Lula Livre no estacionamento do Estádio Nacional, com direito a banheiros e chuveiros.
O mesmo governador que, anos atrás, tentou impedir os protestos em frente ao Buriti após dar o calote nos servidores públicos, agora justifica o suporte ao Acampamento Lula Livre com a seguinte frase: “Temos garantido sempre o direito de manifestação”. E esse mesmo “gestor”, Rodrigo Rollemberg, quer tentar se reeleger. Só que, neste ano, a palavra de ordem é “mudança”. E, acredito, em outubro, a democracia dará espaço para a renovação, com seriedade e compromisso com o futuro do Brasil e do DF. Chega de Lulas, Cunhas, Rollembergs e Aécios.