Em reunião de líderes na Câmara Legislativa na tarde desta terça-feira (6),a deputada Celina Leão (PDT) anunciou que não faz mais parta da base de apoio do governador Rodrigo Rollemberg. Celina diz que vai presar por uma atuação independente, mas que não pretende travar as ações do executivo.
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A presidente da CLDF condenou a presença de petistas oriundos do governo Agnelo na alta cúpula da atual gestão. \”O que me deixa brava é você ver essa pessoas descredenciarem esse governador e estarem lá na Casa Civil. Tinham que ter vergonha na cara, pedir exoneração. Se falar que é mentira, eu tenho nomes, eu trouxe as listas\”, afirmou a presidente da Casa.
Dando nome aos bois, Celina atacou o chefe de gabinete da Casa Civil, Ricardo Taffner, e outras duas servidoras que foram indicadas pelo ex-chefe da pasta, Swedenberger Barbosa.
O atual secretário da Casa Civil, Hélio Doyle, retrucou a afirmação da presidente da CLDF e afirmou os servidores foram contratados por regime de meritocracia, e não por loteamento de cargos.
Crise interna
A atitude de Leão gerou uma crise interna em seu próprio partido, o PDT. O outro deputado do partido, Joe Valle, afirmou que se manterá na base aliada até a segunda ordem. \”Vamos reunir a Executiva do partido e tomar uma decisão em conjunto\”, afirmou Valle.
O senador Cristovam Buarque, grande referência do PDT nacional, condenou a atitude da deputada e a considerou precipitada. Celina, porém, minimizou as críticas, afirmou que o partido \”vem trilhando um caminho de afastamento\” e disse que vai conversar com Cristovam porque, segundo ela, \”as críticas dele foram feitas porque não o consultei antes de tomar esta decisão. Mas vamos nos resolver\”, concluiu.
Buriti em chamas
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A perda da mais importante aliada do governo deve complicar ainda mais a gestão Rollemberg. Desde de o início do ano, o Buriti sofreu, pelo menos, cinco derrotas na Câmara. Com a saída de Celina da base, o governo deve ter ainda mais dificuldades para aprovar projetos de lei impopulares, como as medidas para aumentar impostos.Entre eles, a alteração na Taxa de Limpeza Pública (TLP) e mudanças na previdência dos servidores públicos do DF.
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