Eleição para o Diretório Central dos Estudantes (DCE) do UniCeub já virou sinônimo de confusão. Nos últimos dois pleitos, a decisão final ficou por conta da Justiça. Em 2017 não está sendo diferente. A confusão está respingando até mesmo na deputada distrital Celina Leão (PPS).
Celina foi acusada pelos alunos da chapa que atualmente comanda o DCE de estar financiando eventos dos opositores. A denúncia foi publicada nas redes sociais da chapa Mova-se. Celina, porém, respondeu à altura e ameaçou ir à Justiça contra a acusação dos alunos.
“Vou processar vocês. Sou aluna do Ceub e nunca fui patrocinadora de nenhuma chapa. São irresponsáveis e isto demonstra que não estão à altura da representação dos alunos”, escreveu a parlamentar comentando o texto da chapa atual presidente Rafael Calixto de Souza.
No texto, os alunos lembram que Celina está envolvida nas denúncias da Operação Drácon. Dizem ainda que sua filha faria parte da chapa concorrente, chamada Renovação Interativa e UniCEUB (RIU). As informações não foram confirmadas pelo Brasília Capital e, segundo membros do DCE, não passam de boato.
Cobiça
Não é à toa que o comando do DCE é cobiçado entre os alunos. A chapa vencedora ganha o direito de indicar até 50 nomes para receberem bolsas de estudo na instituição. O valor das mensalidades vai de R$ 1 mil a R$ 6 mil, no caso do curso de medicina. Ao trocar a gestão, porém, todas as bolsas são transferidas para a nova chapa.
Há, ainda, a notoriedade política que o presidente e seus gestores ganham estando à frente do DCE. O Ceub tem 26 mil alunos. Até mesmo partidos políticos, como o PSDB, acompanham de perto as eleições de olho em jovens lideranças políticas na capital.
Confusão
No ano passado, a chapa vencedora foi a RIU. A oposição, porém, foi à polícia acusando os ganhadores de fraudarem urnas de votação. A Justiça deu ganhou de causa à Mova-se – que assumiu a cadeira onde está até hoje.
A eleição de 2017 chegou a ser convocada, mas após nova confusão, foi suspensa. Na terça-feira (26) uma nova comissão eleitoral foi formada para tentar adiantar o processo de escolha da nova chapa, ou de manutenção dos atuais gestores. Caso tudo ocorra apenas no âmbito estudantil, a tendência é que em maio tudo já esteja resolvido.