Para compartilhar conhecimentos sobre o combate à violência de gênero, o Centro Especializado de Atendimento à Mulher (Ceam) de Ceilândia promoverá mesa-redonda com representantes do governo de Brasília nesta quinta-feira (22), às 10 horas. A chefe do centro, Erika Laurindo, ressalta o valor do tema para a população local. “As mulheres de Ceilândia vivem uma realidade específica. Essa é uma oportunidade de levarmos esses pontos de vista para o debate com os participantes.”
Além de Erika, estarão presentes a delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam), Sandra Melo, e a professora Gina Vieira, representante da Secretaria de Educação e idealizadora do projeto Mulheres Inspiradoras.
\”As mulheres de Ceilândia vivem uma realidade específica\”
Erika Laurindo, chefe do Ceam de Ceilândia
Elas discutirão o tema com representantes das Procuradorias da Mulher da Câmara dos Deputados e do Senado Federal. Durante a mesa-redonda, a unidade móvel da Deam estará disponível para atendimentos. A agenda em Ceilândia é parte do projeto Pauta Feminina, iniciativa das duas procuradorias do Legislativo federal. Uma vez por mês, reuniões sobre o espaço da mulher na sociedade são organizadas no Congresso Nacional.
Em março, como parte das celebrações do mês da mulher da Procuradoria do Senado, o encontro foi marcado em Ceilândia.
Brasília tem política pública de prevenção à violência contra mulheres
Para diminuir a incidência de casos de assédio e de estupros, Brasília participa, desde novembro de 2017, da campanha 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, da Organização das Nações Unidas (ONU). Além disso, o governo local tem o Comitê Intersetorial para o Combate à Violência Sexual no DF, que trabalha com mapeamento de medidas de combate efetivo ao estupro e ao assédio. Com isso, novas ações são implementadas.
Mesmo com o menor índice de homicídio dos últimos 29 anos, o Distrito Federal tem apresentado aumento dos registros de estupros. Em 2017, foram 92% a mais de denúncias que no ano anterior. O incremento das notificações se explica, em parte, porque mais pessoas denunciam o crime em novos espaços criados, além das delegacias policiais. Elas o fazem por entender que a violência sexual tem de ser atendida em unidades psicossociais e de saúde.
Mesa-redonda A voz das mulheres no combate à violência doméstica
- 22 de março (quinta-feira)
- Às 10 horas
- No Centro Especializado de Atendimento à Mulher de Ceilândia (QNM 2, Conjunto F, Lotes 1/3)
Entrada livre