Com a paralisação de todas as competições devido à pandemia do novo coronavírus, os clubes estão tendo prejuízos financeiros. As agremiações menores são as mais atingidas e passam por dificuldades para manter o pagamento dos funcionários e dos atletas diante da incerteza de quando os campeonatos recomeçarão.
Pensando nisso, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) anunciou um repasse de R$19,1 milhões para os clubes das séries C e D, para os que disputam as séries A1 e A2 do Campeonato Brasileiro Feminino e para as 27 federações. No Distrito Federal, a medida beneficiará os dois representantes na série D(Gama e Brasiliense) e o Minas Icesp e Real Brasília, que disputam, respectivamente, asséries A1 e A2 do Brasileiro Feminino.
Os valores do benefício são:
20 da Série C (R$ 200 mil cada)
68 da Série D (R$ 120 mil cada)
16 da Série A1 do Brasileirão feminino (120 mil cada)
36 da Série A2 do Brasileirão feminino (R$ 50 mil cada)
Além da bonificação, os clubes das séries mencionadas estão isentos, por tempo indeterminado, do pagamento das taxas de registro e transferência de atletas.
Medida frustra times sem divisão
O socorro aos clubes das divisões inferiores e aos que disputam os campeonatos femininos nacionais frustrou a grande maioria das agremiações do futebol brasileiro que no momento não participam dos torneios nacionais. Elas alegam que, na volta dos torneios estaduais e regionais terão sérias dificuldades para manter seus elencos por mais tempo.
No Distrito Federal, por exemplo, dentre os clubes que participam do Candangão, apenas Gama e Brasiliense foram contemplados com o benefício – O Real Brasília também foi beneficiado, mas por conta da participação no Campeonato Brasileiro Feminino.
Os demais times classificados para a próxima fase estão passando por dificuldades financeiras , vivem a incerteza sobre a volta do Candangão, e possuem a maioria dos atletas com contrato apenas até o final de abril, quando estava previsto o fim da competição.
Como ficam os salários dos jogadores?
A discussão sobre salário dos jogadores durante a pausa das competições é um assunto que vem sendo discutido no Brasil e no mundo e deve ser tratado caso a caso. Na Europa, os gigantes espanhóis Barcelona e Atlético de Madrid reduziram em 70% os salários de seus jogadores. Na Alemanha, os principais clubes doarão 20 milhões de euros para ajudar times menores.
No Brasil ainda há muita incerteza e os clubes estão começando a se posicionar sobre o assunto. Atlético-MG e Fortaleza foram os primeiros a anunciar o corte em parte dos salários dos jogadores. Já o Botafogo anunciou que manterá o pagamento integral, ao menos em março e abril, podendo ter outro posicionamento se a crise se estender por mais tempo.
Em Brasília, dentre os 8 clubes classificados para o mata-mata, apenas Gama e Brasiliense têm calendário depois do Candangão. Por isso, mantém contratos mais longos com seus jogadores. E com a ajuda da CBF, devem pagar integralmente os jogadores, assim como o Real Brasília.
O Formosa rescindiu os contratos dos jogadores no dia 1º de Abril, enquanto o Capital suspendeu os contratos. Luziânia eTaguatinga estão aguardando um posicionamento mais claro da Federação de Futebol do DF e o Sobradinho afirmou apenas que irá manter o que foi combinado com os atletas.