O Programa de Castração de Cães e Gatos do Instituto Brasília Ambiental já ultrapassou a marca de 3,4 mil atendimentos nos primeiros três meses de 2021. O recorde de casos se deve ao número de procura gratuita pelo serviço.
Para ajudar na demanda, uma nova clínica do DF, localizada no Paranoá, a Pet Adote, assinou convênio com o GDF para atender uma média de 210 animais por mês. Outras duas unidades privadas do ramo atuam em parceria com o Ibram: o Centro Veterinário do Gama e o Centro Veterinário Dr. Juzo (Samambaia). Somadas, as unidades vão poder atender mensalmente 1,8 mil bichinhos.
“Uma quarta clínica que fica em Ceilândia está em fase de habilitação”, antecipa o chefe da Unidade de Gestão de Fauna (UFAU) do Brasília Ambiental, Marco Aurélio Oliveira Barboza. O órgão é o responsável pelos convênios.
“A gente entende que, quanto mais descentralizado for esse serviço, ou seja, quanto mais capilaridade o órgão tiver nesse campo, melhor será para a população”, completa Thulio Cunha Moraes, secretário-geral do instituto.
Os interessados na castração dos animais devem ficar atentos às campanhas de divulgação que acontecem nas mídias sociais ou site do órgão ambiental. O próximo evento com a participação do público acontecerá neste mês de junho. Os interessados devem fazer o cadastro no site do Instituto Brasília Ambiental.
Apaixonado por animais, o administrador do Paranoá, Sérgio Damasceno ficou animado com a notícia de que a cidade tem uma clínica cadastrada no Programa de Castração de Cães e Gatos do Instituto Brasília Ambiental. “Gosto de socorrer cães de rua, tenho 30 num canil, quando precisava de atendimento aos bichos tinha que ir ao Gama. Agora, com essa clínica na cidade, vai ficar mais fácil para os moradores que precisam deste serviço”, comenta.
Demanda aumenta
Segundo dados do órgão, o aumento pela demanda foi de 64% de 2018 para 2019, quando foram atendidos exatos 7.253 animais. Em 2020, por conta das restrições impostas pela pandemia, a assistência caiu para 3.470.
A castração é uma medida preventiva do GDF e reflete inclusive na conservação ambiental. “O abandono dessas crias indesejadas promove a invasão de animais domésticos nas nossas unidades de conservação, causando uma disputa natural por espaço com efeito predatório”, explica o secretário-geral do Ibram, Thulio Cunha..
“A ideia é que a gente consiga ampliar ainda mais o escopo dessa ação, principalmente conscientizando a população da necessidade e dos benefícios da castração”, completa Marco Aurélio, da UFAU.
Há nove anos proprietária da Pet Adote, Alda Oliveira, 40 anos, diz que ação do órgão, em parceria com a iniciativa privada, tem caráter de saúde pública. “Não fica legal esses animais abandonados pelas ruas do DF porque tem a questão das doenças que eles trazem, daí a importância da castração”, observa.
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