O deputado Izalci Lucas (PSDB) sente-se traído pelo grupo que o lançaria candidato a governador, do qual fazia parte Cristovam Buarque (PPS). Sem espaço, o tucano concorre ao Senado e está a um passo de tirar o mandato de Cristovam.
Repetição – Caso isto ocorra, estará se repetindo o que aconteceu em 1994. José Roberto Arruda contava com o apoio de Joaquim Roriz para disputar o Buriti. Foi preterido em prol de Valmir Campelo. Este perdeu para Cristovam Buarque e Arruda tomou a vaga de Márcia Kubstcheck, à época, a preferida de Roriz.
Saco de pancada – Nas hostes petistas, embora Wasny de Roure e Marcelo Neves ainda estejam distantes dos líderes, a queda de Cristovam é comemorada como vitória. Marcelo Neves continuará batendo no senador, enquanto Wasny trabalhará propositivamente para tentar se eleger. Mas se ressente da falta de empolgação da militância do partido.
Lembrete – No PT Cristovam é tido como traidor desde o impeachment de Dilma Roussef, em 2016.
Acredito que a choradeira, tanto dos integrantes de alianças de pés de barro, quanto da esquerda candanga emburrecida com Cristovam é puro mimimi. O trabalho de Cristovam, ao longo desse anos, se consolidou como ferrenho defensor da educação. A prova do seu trabalho nesse propósito está a defesa da implantação do piso nacional do magistério, minimo. É claro que ainda falta muita coisa para uma categoria de profissionais que é responsável por educar um país dirigido por espertalhões que se aproveitam dos eleitores menos esclarecidos para manipular ou promover tendências ao seu voto.
O golpe foi claro e o Cristovam Buarque participou dele. Agora, mesmo ele declarando que o voto a favor do impeachment foi para o país ter governabilidade, poucos estão acreditando.