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Casas derrubadas, destroços por todos os lados, confronto entre policiais e moradores. Apesar do nome, o ambiente na Chácara da Prosperidade, em Vicente Pires, não era de paz. Lembrava mais o cenário de uma guerra. A derrubada de 19 casas, iniciada na terça-feira (6), e que teve prosseguimento no dia seguinte, levou ao desespero pessoas que depositaram suas economias na construção dos imóveis, em busca do sonho da casa própria.
Mas as obras foram edificadas em terras públicas, pertencentes à União. E mesmo diante da resistência da população, a equipe da Agência de Fiscalização (Agefis) avançou, com o apoio da Polícia Militar. Do total de 26 construções irregulares chácara localizada na Rua 8, apenas sete ainda resistem, sustentadas por liminares concedidas pelo Poder Judiciário. Doze imóveis de alvenaria, quatro bases e três barracos de madeira se foram ao chão.
Os grileiros vendiam cada fração com cerca de 500 metros quadrados por R$ 300 mil, em média. Alguns adquirentes chegaram a gastar R$ 500 mil nas construções. Apesar de afirmarem que as áreas foram ocupadas há cinco anos, a Agefis apresentou um monitoramento com imagens aéreas, provando que as construções foram erguidas a partir de novembro de 2014.
Segundo a Terracap, a área é destinada a equipamentos públicos, como postos de saúde, unidades de ensino e delegacia. Entretanto, nenhum projeto foi elaborado e não houve destinação de recursos para a construção dessas instalações.