O Mestre Emmanuel classificou os casamentos em quatro tipos: casamento de almas gêmeas, por ideal, de sacrifício e de provas. Luis Sérgio trouxe-nos um quinto tipo: casamento por interesse ou conveniência, muito em voga nas primeiras décadas de Brasília, embora Luis Sérgio ressalve que muitos casamentos desse tipo acabem dando certo.
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Nenhum dos dois lembrou do sexto tipo: camento-remédio. É aquele onde predomina o equilíbrio por parte de um e o desequilíbrio do outro, às vezes, tão somente, em um setor do caráter. É o caso do sexólatra que casa com a religiosa praticante, artimanha da vida, para que equilibre-se.
Podemos ver também a pessoa generosa, fraterna e solidária casada com um típico miserável. Sim, a miserabilidade é doença e ignorância. O sentido maior da vida é o aprendizado do amor, que só se consegue com a prática da cooperação.
Há também o casamento do estúpido com a pessoa amorosa. Aqui, o objetivo é a cura da estupidez, que é doença. E o que dizer do casamento do otimista com o pessimista? Pessimismo é doença grave e contagiante que leva ao desânimo e falta de gosto de lutar e viver. Há também o mal humorado e o tímido que aprendem alegria e comunicação na convivência com o extrovertido.
Entretanto, o remédio não funcionará se o mais elevado se inibir ou o mais atrasado não reconhecer que é problemático e seu parceiro (a) é um remédio.
Ensinou Huberto Rhoden: \”o louco não pode curar-se se não aceitar que é louco\”.