As merendas das escolas estaduais de São Paulo e das municipais da capital paulista não vão sofrer alterações após a Operação Carne Fraca ter detectado problemas e falhas na fiscalização de produtos de grandes frigoríficos do País.
Procuradas pela reportagem, as secretarias estadual e municipal de Educação informaram que fizeram uma análise criteriosa dos laudos e não verificaram problemas nos produtos que são disponibilizados para as refeições escolares. Com isso, a carne será mantida nas escolas.
A Secretaria Estadual da Educação disse que técnicos do Departamento de Alimentação e Assistência analisaram os laudos emitidos pelos órgãos fiscalizadores e concluíram não haver risco em manter o consumo de carne nas refeições servidas nas escolas. “Apenas por precaução, a secretaria continuará a fazer novos testes na carne servida nas 3,2 mil escolas da rede – unidades onde a distribuição é feita pela pasta”, diz o órgão, em nota.
\”Excesso de zelo\” – Segundo a secretaria, a decisão de suspender o fornecimento de carne às escolas foi tomada até que os laudos pudessem ser analisados. “A suspensão temporária decorreu do excesso de zelo da secretaria, ante a repercussão do noticiário, mas não se mostrou necessária, pois foram constatados que os cuidados tomados pelos setores encarregados já eram suficientes para garantir uma alimentação adequada e nutritiva aos alunos”.
Por meio de nota, a Secretaria Municipal da Educação informou que “os produtos adquiridos pelas escolas municipais passam por diversos testes e precisam de laudos laboratoriais que comprovem a qualidade”. A secretaria confirmou que as carnes da Friboi, uma das empresas sob investigação na operação, continuarão sendo servidas nas merendas já que esses produtos “não são produzidos nas localidades citadas na investigação”. A rede municipal fornece refeições para quase 1 milhão de alunos.