Depois de dois anos sem comemorações, devido à pandemia de covid-19, a Secretaria de Cultura e Economia Criativa (Secec) promete duas festas para os foliões do Distrito Federal – uma em fevereiro e a outra no aniversário de Brasília, em abril.
A cidade vem sendo cada vez mais procurada como destino por quem quer boas festas. Desde 2021, Brasília passou a ser considerada um dos maiores carnavais do País, chegando a reunir mais de 1,5 milhão de foliões.
O titular da Secec, Bartolomeu Rodrigues, anunciou, terça-feira (23), a programação.
Vamos realizar um carnaval diferenciado, em dois momentos: na época do carnaval e no aniversário de Brasília, este com destaque para as escolas de samba”.
As escolas de samba locais não desfilam desde 2014, por falta de verbas governamentais e vão voltar para avenida nas festividades dos 63 anos de Brasília.
“Desde 2021 a gente deu uma atenção especial às escolas de samba. Instituímos, por exemplo, o projeto Escola de Carnaval assim que vislumbramos a possibilidade do retorno do evento”.
Bartolomeu Rodrigues
O carnaval também é economia do DF, como afirma o secretário “ Por trás da festa há uma intensa cadeia de atividades econômicas, desde o ambulante até os grandes palcos que recebem os artistas”.
O carnaval contará com apresentações de bloquinhos, que fazem suas celebrações nas ruas, eixos e tesourinhas da capital. Na quarta-feira (24), a governadora em exercício, Celina Leão (PP), acompanhada dos secretários de Cultura e de Comunicação Social (Weligton Moraes), recebeu, no Palácio do Buriti, a diretoria da Liga dos Blocos Tradicionais e representantes dos Blocos Alternativos. Na pauta, o carnaval de rua de 2023.
O presidente da Liga dos Blocos Tradicionais, Paulo Henrique, pediu a volta dos desfiles oficiais e a manutenção dos locais da realização de cada evento. Enfatizou que os recursos do FAC Brasília Multicultural I Nº 04 /2022 não são suficientes para arcar com as despesas dos desfiles.
Segundo ele, como está previsto apenas um dia de apresentação para cada agremiação, os blocos Asé Dudu, Menino de Ceilândia e Galinho de Brasília não tiveram interesse em participar do edital, em razão do baixo valor ofertado pela linha do edital.
Para Jean Costa, diretor do bloco dos Raparigueiros, é importante o suplemento de recursos para que ‘’possamos realizar um grande carnaval”. E ressaltou: “estamos enfrentando grandes dificuldades para contratação de prestadores de serviço devido os valores da planilha do FAC’’.
Burocracia
Outra demanda apresentada pelos carnavalescos foi a desburocratização do licenciamento.
Temos que simplificar o máximo possível e atualizar a lei dos eventos (5.281/2013), além da isenção de taxas dos órgãos, pois nosso carnaval é totalmente gratuito para os foliões do DF”.
Jean Costa
Celina garantiu que vai estudar alternativas para garantir a tradição dos desfiles e promete, juntamente com os secretários e parlamentares, dar celeridade às ações para que Brasília faça um grande carnaval, com paz, tranquilidade e muita segurança.
Bartolomeu Rodrigues afirmou que
vamos ter carnaval do amor, da reconciliação. Brasília está precisando disso. Estamos trabalhando para isso, com todo o cuidado, envolvimento e participação da sociedade civil. Vamos trazer alegria para a cidade”.
A deputada Dayse Amarilio (PSB) se colocou à disposição para debater essas e outras questões, buscar soluções e auxiliar os fazedores de cultura.
Vamos realizar uma festa linda, alegre, segura e que nos traga a alegria e a paz que tanto precisamos”.