Ministro da Justiça, Eduardo Cardozo, saiu em defesa do governo Dilma Rousseff diante dos avanços do partido do tucano Aécio Neves pelo impeachment. \”Eu não vejo condições jurídicas para se falar em crime fiscal. Primeiro, o julgamento do TCU não foi feito; segundo, a decisão do TCU não foi referendada pelo Legislativo. Terceiro: mesmo que referendada, pode ser impugnada pelo Judiciário. Quarto: não existe nenhuma imputação direta à presidente da República, existem, inclusive, autoridades que são responsáveis\”.
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Em entrevista ao Valor, ele diz que vê \”ansiedade golpista\” no movimento coordenado por \”alguns setores da oposição\” que defendem o fim do mandato de Dilma antes de 2018. Para ele, \”estamos a anos-luz\” de uma situação que pudesse justificar o impeachment.
Pressionado pelo PT a barrar abusos da Lava Jato, ele afirma ainda que há um clima de \”revanchismo\” na política, exacerbado pela Operação. As delações premiadas, afirma, devem ser analisadas sob a perspectiva de que o delator \”pode falar a verdade, mentir ou dizer meias verdades\”; embora volte a defender a independência da Polícia Federal.
\”Acredito que o governo tem feito tudo o que deve fazer, do ponto de vista da investigação ou de garantir autonomia investigativa, e do ponto de vista da política econômica. Não vejo a oposição colocar nenhuma proposta de mérito para o país. O debate que se coloca é dos que querem contestar o resultado das urnas, como queriam no dia seguinte às eleições. É um debate empobrecedor da democracia”
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