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O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse hoje (11) que o movimento de paralisações de caminhoneiros teve um “claro refluxo” e que há um “esvaziamento” no terceiro dia de mobilizações. “Nós continuaremos vigilantes. Onde houver interdições, a Polícia Rodoviária Federal vai desobstruir a estradas e aqueles que tentarem serão multados nos novos valores da medida provisória”.
Medida provisória (MP) publicada hoje noDiário Oficial da União determinou o aumento das multas e as sanções para motoristas que obstruírem as estradas do país. A MP introduz um novo artigo no Código Nacional de Trânsito estabelecendo multa de R$ 5.746 para quem deliberadamente interromper, restringir ou perturbar a circulação de vias e de R$ 19.154 para quem organizar as manifestações. Em caso de reincidência, o valor cobrado será o dobro. Antes da MP, a multa para esse tipo de infração era R$ 1.915.
Cardozo voltou a defender o endurecimento do governo contra o movimento ao ser perguntado sobre a disposição da bancada ruralista no Congresso Nacional de rejeitar a medida provisória. “É claro que é legítimo que os parlamentares se posicionem como acham que devem se posicionar em relação às medidas que o governo vem tomando. O governo irá demonstrar ao Congresso Nacional as razões evidentes que, a nosso ver, justificam essa medida. Um fechamento de estradas com tentativa de desabastecimento do país é absolutamente inaceitável”, disse.
De acordo com o último boletim da Polícia Rodoviária Federal, há oito manifestações de caminhoneiros, dos quais três com interdição parcial da via, em Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, no Paraná e no Rio Grande do Sul. Segundo o ministro da Justiça, já foram aplicadas multas com os novos valores, mas não soube informar quantas.
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