Depois das duas últimas vergonhosas derrotas para a Holanda, por 3 x 0, e para a Alemanha, 7 x 1, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, José Maria Marin, precisa, com a máxima urgência, nomear um novo técnico da Seleção Brasileira para o lugar do falastrão Luiz Felipe Scolar. De preferência, alguém que tenha gabarito para reformular e salvar o esporte que deu ao Brasil cinco campeonatos mundiais (que saudade!).
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Como sempre escrevo uma semana antes de minha crônica ser publicada (única desvantagem que os semanários sofrem em relação aos jornais diários), e se o dirigente da poderosa CBF ainda está em dúvida diante de cerca de 200 milhões de bons técnicos disponíveis (o que corresponde à população do Brasil), atrevo-me a candidatar-me para substituir Felipão.
Para Marin ficar sabendo que não estará contratando um palpiteiro amador, antes de mais nada informo que joguei no infanto-juvenil do Botafogo e que era um meia-esquerda eficiente, na função de ligar a defesa ao ataque e fazer gols, quando os zagueiros bobeavam, iguais aos desta atual Seleção, com exceção do David Luiz.
E para recuperar o prestígio internacional do futebol nacional, é preciso voltar ao tempo próximo passado, época em que os jogadores da linha de frente eram dotados de habilidades para romper a chamada retranca do time contendor. Ou seja: nossos atuais atacantes desaprenderam a arte de driblar, tal qual Neymar, Pélé e principalmente Garrincha.
Foi, exatamente, o que faltou ao grupo desarrumado do Felipão, com os avantes parando diante dos beques adversários, sem saber o que fazer com a bola nos pés. É evidente que o melhor técnico do mundo não tem condições de ensinar como se aplica dribles desconcertantes, tipo Garrincha, que ganhou a Copa de 1962, no Chile, praticamente sozinho, mesmo com a ausência do Pelé. E os alemães e outros europeus, antes apontados como desengonçados, tanto se exercitaram que acabaram aprendendo o que era atributo exclusivo dos craques brasileiros: fazer gols.
Claro que o Marin não me contrataria, até porque desconhece o meu currículo futebolístico. Mas se quiser salvar a pátria amada, basta proibir aos técnicos das formações de base de interferirem na criatividade dos jovens, membros de futuras Seleções. E que esses professores não esqueçam: o drible no futebol é uma bênção divina que nasce com uns poucos atletas iluminados.