Levantamento da Secretaria da Saúde de Goiás, publicado na segunda (29), revela que o câncer foi a segunda maior causa de mortes no estado em 2022 (15,3% dos óbitos), ficando atrás apenas das doenças cardiovasculares. Entre os fatores que elevaram a incidência estão a transição demográfica, o envelhecimento populacional e mudanças no estilo de vida.
O estudo estima mais de 25 mil novos casos da doença de 2023 a 2025 no estado. Os tipos mais comuns variam por sexo: entre as mulheres, aparecem os de mama, de pele não melanoma, cólon e reto, e colo de útero. Já entre os homens, os cânceres de próstata, de pele não melanoma e cólon e reto lideram os registros.
O principal desafio, aponta o estudo, é o diagnóstico tardio, quando a doença é detectada em estágios avançados. Fatores de risco como tabagismo, alimentação inadequada, sedentarismo, uso abusivo de álcool, excesso de peso e obesidade também aparecem com alta prevalência.
AVANÇOS — Entretanto, há avanços. O governo estadual ampliou a rede oncológica: foram realizadas mais de 31 mil cirurgias e mais de 1,2 milhão de consultas, exames e tratamentos desde 2018. Além disso, o programa “Goiás Todo Rosa” oferece rastreamento genético para câncer de mama e ovário, política pública pioneira no Brasil.
O novo Complexo Oncológico de Referência do Estado (Cora), voltado para crianças e adultos e inaugurado no dia 25 de setembro, também é um marco na luta contra o câncer na rede pública de saúde.