Pré-candidatos a presidente em 2026, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ronaldo Caiado (União Brasil) tomam rumos opostas em relação ao uso de câmeras corporais nos uniformes das forças de segurança. O governador de São Paulo lançou um edital para aquisição de 12 mil equipamentos para a PM. Já o de Goiás não quer nem ouvir falar do assunto.
“A câmera não traz resultado nenhum. Só inibe o policial que tem pela frente uma .50, que ele não pode ter. Quando o cidadão está armado, a minha polícia entra para resolver. Ela não entra para tomar tiro. A minha polícia existe para salvar o meu povo, para dar segurança aos goianos”, diz Caiado, repetindo o bordão “bandido em Goiás, ou muda de profissão ou muda de estado”.
Segundo o presidente da Associação dos Delegados de Polícia do Estado de São Paulo, André Santos Pereira, “a utilização de câmeras corporais por parte das forças policiais pode oferecer uma série de benefícios, principalmente no que diz respeito à transparência e prestação de contas das ações dos agentes envolvidos em ocorrências”.
Mas ele pondera que é necessário que a implementação dessas medidas seja acompanhada de salvaguardas rigorosas para garantir a proteção dos direitos individuais, inclusive dos policiais.
“Não se pode partir da falsa premissa de que em todas as ações policiais ocorrem excessos. Restrições no acesso e uso das gravações, e garantia de privacidade e segurança dos dados coletados são aspectos fundamentais a serem considerados”, diz o delegado, especialista em inteligência policial e segurança pública, com 20 anos de experiência na polícia em Pernambuco e em São Paulo. Acionamento – De acordo com as novas normas aprovadas pelo Ministério da Justiça, o acionamento do acessório poderá ser feito de forma automática, remota ou pelos próprios integrantes da força de segurança. Uma vez acionados, os equipamentos devem ser mantidos em pleno funcionamento durante atuações ostensivas e que tenham contato com presos