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Após mais de dois anos de negociações infrutíferas com a Secretaria de Saúde para reajustar o valor do contrato de manutenção das caldeiras de dez hospitais públicos do Distrito Federal, o proprietário da empresa Técnica Construção, Comércio e Indústria Ltda, Jair Rodrigues da Costa, desistiu. Na segunda-feira (8), ele entregará ao GDF uma notificação de cancelamento do compromisso.
Risco de desastre ambiental
Com isso, a partir de sexta-feira (12) a Técnica iniciará a devolução das estruturas ao governo. Isto representará sério risco de desastre ambiental, inclusive no Lago Paranoá, como ocorreu no final do ano passado. A empresa é responsável pela manutenção das caldeiras do Hospital de Base, do Hmib e dos hospitais regionais da Asa Norte, de Sobradinho, Ceilândia, Taguatinga, Planaltina, Paranoá, Guará, Brazlândia e Gama.
Emergência de dois anos
Jair Rodrigues lembra que há quase três anos espera o reajuste de mais de 100% do contrato – que hoje é de R$ 13 mil/mês por caldeira e passaria para pouco mais de R$ 27 mil. No período, aumentaram custos com salários dos técnicos e operadores dos equipamentos, combustíveis e outros insumos. “Vou devolver tudo. Está impraticável”, dispara.
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Mancha no lago era piche
Mesmo convencido de que a mancha surgida no Lago Paranoá no final de 2013 era piche das obras de recapeamento de pistas do Plano Piloto e não óleo das caldeiras do Hran, como afirmou o GDF, o empresário está convocado a depor na Delegacia do Meio Ambiente (Dema), no próximo dia 29. Mas avisa: não aceitará qualquer tipo de acordo que represente confissão de culpa.