Ainda na terça-feira (27), o plenário da Câmara Legislativa derrubou outro veto do Executivo. Projeto do deputado Professor Israel Batista (PV) vigorará como lei, permitindo a chamada “carona solidária”. Assim, passa a ser permitido, no Distrito Federal, oferecer caronas com divisão de custos.
Até hoje, quem pratica esse tipo de divisão de custos, por exemplo, com amigos, vizinhos e parentes pode ser pego em fiscalização e acusado de transporte ilegal de passageiros. Entendendo que os tempos mudaram e que as caronas só têm a beneficiar a cidade, o parlamentar apresentou projeto em 2016, regulamentando o compartilhamento de veículos por meio de aplicativos.
No entanto, o texto foi vetado pelo governador Rodrigo Rollemberg (PSB) em 2017, decisão agora anulada pela Câmara. A matéria precisa ser promulgada pelo Executivo do governo para começar a valer.
Caronaphone – A lei considera carona solidária o transporte de passageiros sem fins lucrativos por meio de tecnologia. Os aplicativos ajudam o usuário a encontrar companheiros para compartilhar o veículo e as despesas do deslocamento
O autor da proposta, Professor Israel, defende que a carona solidária é uma tendência mundial, em um momento em que as cidades estão saturadas de veículos. “Precisamos valorizar inovações que transformem a mobilidade urbana da nossa cidade. Isso significa menos carros nas ruas emitindo poluentes e um trânsito mais tranquilo”, aponta.
Os estudantes do Centro Interdisciplinar de estudos em Transportes, da Universidade de Brasília, desenvolveram o primeiro aplicativo de transporte brasiliense. A tecnologia já está disponível para uso. Instituições como a própria UnB e o Senado incentivam seus servidores a adotarem a prática de carona solidária pelo aplicativo.