O artigo primeiro a Constituição Federal, promulgada em 1988 no seio da redemocratização do País, sob a batuta de Ulysses Guimarães (o “Senhor Diretas”), garante que o Brasil tem, entre seus principais fundamentos, a Dignidade da Pessoa Humana.
No entanto, apesar do que preconiza a nossa Lei Maior, testemunhamos, na atualidade, os pesados impostos pagos pelas empresas e pelos cidadãos não reverterem em serviços públicos de qualidade para a população.
Pelo contrário, a carga tributária tem sido, em grande parte, destinada para fomentar a desenfreada corrupção. A saúde, sem gestão adequada, se encontra em estado falencial, com milhares de pessoas humildes agonizando e morrendo nos hospitais e nas intermináveis filas de espera, por falta de remédios, de exames e de tratamento médico.
A segurança sofre, com a falta de investimentos em inteligência e no contingente policial. É lamentável que tenham sumido do Distrito Federal os postos comunitários e as rondas ostensivas, medidas eficazes na prevenção ao crime.
Temos uma educação capenga, onde reina a desorganização e a dificuldade dos mais pobres para matricular seus filhos, sem falar na qualidade deficitária de ensino e na escassez de cursos profissionalizantes que aumentariam as possibilidades de obtenção de empregos na área técnica.
Todo o esforço dos homens públicos, principalmente após a renovação política que deverá advir das urnas em 7 de outubro, deverá ser no sentido de tornar o Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana vivo e presente no cotidiano, ora tão humilhante, da sofrida população brasileira.