O cachorro Cacao, de um ano e seis meses, era o bicho de estimação de Paulo Rodrigues Mendes, 61 anos. Morador do Condomínio Verde, em São Sebastião, o economista fez uma viagem de dez dias ao Chile e, ao retornar, na sexta-feira (6), encontrou o amigo morto.
Na véspera, Cacao, um cão de médio porte da raça japonesa Akita, aproveitou-se de um buraco na cerca que separa o lote de Mendes do terreno vizinho, brigou com o Fox Paulistinha da casa, e acabou morto com dois tiros disparados pelo dono do imóvel, um advogado.
Por telefone
Segundo relato feito pelo economista na ocorrência registrada na 30ª DP (São Sebastião), o advogado telefonou-lhe para avisar que Cacao havia entrado em seu lote e estava sentado à sombra de uma árvore. Mendes respondeu que pediria ao cuidador para buscar o cão em cinco minutos.
No entanto, logo em seguida o advogado fez outro telefonema contando que Cacao teria ameaçado-o e ele havia matado-o com dois tiros. O cuidador do cachorro chegou ao local e encontrou o animal morto no quintal e o advogado dentro do carro, fora do lote, dizendo que o Akita machucara seu Fox Paulistinha.
Maus-tratos
Paulo Mendes acredita que o vizinho não precisava ter matado Cacao. “Um disparo para o alto o teria assustado, sem sacrificá-lo”, argumenta. O economista diz que sua família está sofrendo com a perda do bicho de estimação. Agora, ele quer aproveitar o episódio para intensificar o debate sobre maus-tratos a animais.
O economista promete usar todos os recursos que estiverem ao seu alcance para responsabilizar o vizinho pela morte de Cacao. Na 30ª DP, os agentes consultaram o sistema Infoseg e descobriram que o advogado tem uma pistola Taurus registrada em seu nome.
}