O Novo Banco de Desenvolvimento (NBD) do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, pretende financiar, em 2017, projetos que atingirão um valor estimado entre US$ 2,5 bilhões a R$ 3 bilhões. A declaração foi dada pelo presidente da instituição, Kundapur Vaman Kamath, em entrevista exclusiva à agência de notícias Tass.
“Acreditamos que até o final de 2016 a nossa carteira de crédito em termos de aprovações de empréstimos esteja em cerca de US$ 1,5 bilhão”, disse Kamath. “No ano que vem, com uma abordagem gradual, poderemos aumentar nosso capital e o potencial para conceder, possivelmente, outros US$ 2,5 bilhões a 3 bilhões”, acrescentou.
Em abril, o conselho de diretores do Banco do Brics aprovou um pacote de créditos de US$ 811 milhões para o financiamento dos primeiros quatro projetos no setor energético. Neste primeiro momento, o Brasil receberá US$ 300 milhões, a China, US$ 81 milhões, a Índia, US$ 250 milhões, e a África do Sul, US$ 180 milhões.
Em relação aos empréstimos planejados, o presidente do NBD destacou que os motivos técnicos que causaram o atraso estão dissipados. “Os primeiros empréstimos estão indo para cada um dos nossos países-membros, e vamos considerar mais um no próximo mês”, acrescentou.
O NBD estima que os projetos no setor de energia verde e renovável, aprovados em abril, ajudarão a evitar a produção de 4 milhões de toneladas de emissões nocivas anualmente. Ainda segundo Kamath, as autoridades russas estariam encarando de forma positiva a proposta de emissão de títulos no mercado russo. “Começamos com classificações nacionais. A estratégia atual do NBD é buscar financiamento em moeda local”, acrescentou.