A mobilização dos caminhoneiros, iniciada na quarta-feira (8), durou menos de 24h. Mas foi tempo suficiente para bloquearem estradas em 15 estados brasileiros. Assustados, os brasilienses mais precavidos correram para os postos de gasolina, formando filas na noite de quarta (8) e nas primeiras horas de quinta-feira (9).
Ainda está fresca na memória dos brasileiros a crise de abastecimento causada pela greve dos caminhoneiros em maio de 2018. A professora Luciana Resende, 53, aproveitou a volta para casa, em Águas Claras, na quarta à noite, e cuidou de completar o tanque. “Meu carro ainda tinha meio tanque, mas achei melhor prevenir qualquer problema futuro”. Ela ficou 15 minutos na fila.
Protesto perde força
Depois de paralisar rodovias em 15 estados, os caminhoneiros desmobilizaram a maioria dos protestos que faziam a favor do governo de Jair Bolsonaro (sem partido). O recuo aconteceu após um pedido do próprio presidente, via áudio, cuja veracidade precisou ser confirmada pelo Ministério da Infraestrutura.
Em seu último boletim, divulgado nas redes sociais às 11h de quinta (horário de Brasília), a Pasta da Infraestrutura relatou que as interdições permaneciam em apenas na Bahia, no Maranhão, em Minas Gerais, em Mato Grosso do Sul e em Santa Catarina.
Antidemocráticas – Segundo algumas lideranças da categoria, as pautas defendidas nas manifestações são distintas das propostas pelas associações de caminhoneiros, como o apoio ao presidente Jair Bolsonaro contra o Supremo Tribunal Federal (STF). Em comum, a briga pela redução no preço dos combustíveis, mas com acusações políticas diferentes.