O reajuste da CIDE e do ICMS sobre combustíveis fez Brasília voltar a registrar a maior inflação dentre as capitais do país. Em agosto, a taxa do IPCA apurada pelo IBGE foi de 0,45%, 2,4 vezes maior do que a inflação nacional (0,19%). O maior culpado é o grupo “despesas com transportes”, que teve uma elevação média de 2,63%. Dentre os itens que compõem esse grupo, a gasolina foi a grande vilã.
Segundo o IBGE, só a gasolina aumentou 12,26% em agosto. Pelo que se viu na primeira semana de setembro, com a gasolina ultrapassando os R$ 4,00, o custo de vida será impulsionado mais uma vez pelos combustíveis automotores e pelo gás de cozinha, alvo de novos aumentos da Petrobrás.
Além dos combustíveis, destacam-se no grupo “despesas com transportes”, o seguro voluntário de veículo (11,40%). O segundo grupo de despesas que mais contribuiu para a subida do IPCA de agosto foi o “vestuário”, com alta de 0,88% e, em terceiro, “habitação” (alta de 0,57%).
Na apuração dos últimos 12 meses, a inflação candanga é a vice-campeã, (3,99%), perdendo apenas para Recife (4,52%). Ao longo de 2017, o IPCA acumulado de janeiro a agosto, em Brasília, ficou em 1,96%. Só não foi maior graças a deflação (-0,76) do item alimentação e bebidas.
No DF, os alimentos que registraram queda de preços foram os “cereais, leguminosas e oleaginosas” (-7,58%), “tubérculos, raízes e legumes (-10,67%). Também os artigos de residência (-0,23) e comunicação (-1,91%) registraram queda nos preços.}